Um alerta paira sobre o Brasil com o aumento dos casos de SRAG (SĂndrome Respiratória Aguda Grave), especialmente entre jovens, adultos e idosos. Os dados mais recentes, referentes ao perĂodo de 27 de abril a 3 de maio, revelam uma situação preocupante em diversas regiões do paĂs.
Apesar de uma possĂvel desaceleração no crescimento da SRAG por VSR (vĂrus sincicial respiratório) em crianças de atĂ© 2 anos, principalmente no Centro-Oeste, a situação ainda exige atenção. Essa estabilização começa a ser notada tambĂ©m no Sudeste, Norte e Nordeste, com exceção do CearĂĄ.
"A incidĂȘncia das ocorrĂȘncias nessas regiões ainda permanece elevada" afirmou Tatiana Portella, pesquisadora da Fiocruz.
Enquanto os casos de SRAG diminuem entre crianças de 2 a 14 anos, a Fiocruz observa uma tendĂȘncia de alta entre jovens, adultos e idosos. A Covid-19, apesar da baixa incidĂȘncia, continua sendo a principal causa de morte por SRAG entre idosos, seguida pela influenza A.
Atualmente, 13 estados estão em nĂvel de alerta, risco ou alto risco de SRAG, com tendĂȘncia de crescimento: AmapĂĄ, Bahia, CearĂĄ, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, ParanĂĄ, ParĂĄ, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.
Nas capitais, 14 apresentam o mesmo quadro alarmante: BelĂ©m, Belo Horizonte, BrasĂlia, CuiabĂĄ, Curitiba, Florianópolis, MacapĂĄ, Natal, Palmas, Porto Alegre, Porto Velho, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.
No cenĂĄrio nacional, os dados apontam para um aumento nas tendĂȘncias de longo prazo e uma oscilação ou estabilidade nas de curto prazo. Em 2025, foram notificados mais de 50 mil casos de SRAG, com 22,2 mil (44,4%) positivos e 20 mil (40,2%) negativos.
Os vĂrus mais detectados neste ano são: VSR (40,4%), Sars-CoV-2 (18,6%), RinovĂrus (27,2%), Influenza A (13%) e Influenza B (1,5%). Nas Ășltimas quatro semanas, o VSR predominou com 55,7%, seguido por influenza A (26,7%), rinovĂrus (18,1%), Sars-CoV-2 (3%) e influenza B (0,7%).
Nos óbitos com vĂrus identificados, a influenza A lidera (56,1%), seguida de Sars-CoV-2 (18%), VSR (12,9%), rinovĂrus (11,8%) e influenza B (1,6%).
*Reportagem produzida com auxĂlio de IA