A representação de Israel no funeral do Papa reflete um declínio nas relações bilaterais, intensificado após controvérsias recentes. As tensões aumentaram após o Papa Francisco sugerir, em 2024, que a comunidade global deveria ponderar se a campanha militar israelense em Gaza constituía genocídio.
A deterioração da relação entre as duas partes começou devido à guerra em Gaza.
Em outro ponto notável, Janja, a primeira-dama brasileira, recordou o apoio do Papa Francisco ao atual presidente Lula durante sua prisão.
"O papa falava bastante sobre a prisão política (de Lula). Não por acaso, a primeira viagem que meu marido fez ao sair da prisão foi para ir ao encontro do papa", disse Janja à Folha.
Em meio a isso, a presença do cardeal Becciu na primeira assembleia de cardeais após a morte de Francisco gerou controvérsia. Becciu, que havia sido afastado por acusações de má gestão, alegou que sua exclusão nunca foi formalizada por escrito e que, portanto, mantém seu direito de voto.
"Ao me convocar para o último consistório, o papa reconheceu minhas prerrogativas cardinalícias. Não houve manifestação explícita de vontade para me excluir", declarou Becciu.
A situação reacende tensões internas no Vaticano, em um momento delicado em que a Igreja Católica se prepara para o conclave, cerimônia para escolher o próximo papa. A lista oficial de eleitores divulgada pela Santa Sé não inclui Becciu, mas ele contesta sua validade.
O caso de Becciu não é o único, outros cardeais também foram afastados por Francisco ao longo do pontificado, como Juan Luis Cipriani, arcebispo emérito de Lima, que se retirou após denúncias de abuso. No entanto, muitos desses vetos se deram de forma não oficial ou sigilosa, o que levanta dúvidas sobre sua validade processual.
*Reportagem produzida com auxílio de IA