O governo brasileiro expressou seu descontentamento com a recente decisão do governo de Donald Trump, que impôs tarifas de 10% sobre todas as exportações brasileiras para os Estados Unidos.
Em nota conjunta, o MinistĂ©rio das Relações Exteriores e o MinistĂ©rio do Desenvolvimento, IndĂșstria, ComĂ©rcio e Serviços manifestaram preocupação com o impacto da medida, que se soma a tarifas jĂĄ existentes sobre setores como aço, alumĂnio e automóveis.
A medida Ă© vista como uma possĂvel violação dos compromissos dos EUA perante a Organização Mundial do ComĂ©rcio (OMC), o que leva o Brasil a considerar possĂveis ações, incluindo um recurso à própria OMC.
"Uma vez que os EUA registram recorrentes e expressivos superĂĄvits comerciais em bens e serviços com o Brasil ao longo dos Ășltimos 15 anos, totalizando US$ 410 bilhões, a imposição unilateral de tarifa linear adicional de 10% ao Brasil com a alegação da necessidade de se restabelecer o equilĂbrio e a "reciprocidade comercial" não reflete a realidade" afirma a nota conjunta.
O governo brasileiro destacou a aprovação do Projeto de Lei da Reciprocidade Econômica e anunciou que buscarĂĄ, em diĂĄlogo com o setor privado, defender os interesses dos produtores nacionais junto ao governo dos EUA.
A imposição de tarifas ocorre em um momento de tensões comerciais globais, com o governo Trump defendendo polĂticas protecionistas sob o lema "America First".
Enquanto isso, o governo Lula, que tem se mostrado crĂtico às polĂticas de Trump, prepara uma resposta estratĂ©gica para proteger a economia brasileira e garantir a competitividade de seus produtos no mercado internacional.
*Reportagem produzida com auxĂlio de IA